OS GÊNEROS NO LIVRO DIDÁTICO DE PORTUGUÊS: CONCEPÇÃO DISCURSIVA OU TEXTUAL?

Sione Alves

Resumo


O presente artigo evidencia teorias que se dedicam à investigação dos gêneros, em especial, os estudos de Bakhtin (2011), precursor da análise de gêneros; os estudos da linguística textual, por Marcuschi (2010); e os estudos francófonos, por Schneuwly e Dolz (2004). Baseando-se nos estudos de Rojo (2005 e 2008), a teoria de Bakhtin converge para uma concepção discursiva de gêneros; a teoria de Marcuschi, para uma concepção textual; enquanto a de Schneuwly e Dolz mescla ambas concepções. Apresentamos neste artigo o encaminhamento, as apreciações valorativas e o tratamento didático peculiares a cada teoria. A partir disso, reconhecemos o tratamento dos gêneros em um importante recurso usado no contexto escolar – o Livro Didático de Português, analisando as atividades (voltadas para o 9º ano) que contemplam os eixos de leitura, conhecimentos linguísticos, produção textual e oralidade de uma coleção aprovada pelo PNLD – 2014. O objetivo consiste em reconhecer a (s) teoria (s) de gêneros que fundamenta (m) as atividades das obras didáticas, verificando se há predominância da concepção discursiva ou da textual e quais as possíveis implicações dessa predominância para o ensino atual da língua.

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