RUBÍ E O MELODRAMA: A QUESTÃO DO ESTEREÓTIPO FEMININO NA TELENOVELA MEXICANA

Thais Maria Holanda Jerke Sevilla Palomares

Resumo


Neste artigo fazemos um recorrido por três relatos diferentes que nos apresentam Rubí, uma personagem e título de uma história em quadrinhos da década de 1960 (escrita por Yolanda Vargas Dulché), de um filme de 1971 (dirigido por Carlos Enrique Taboada) e de uma telenovela de 2004 (dirigida por Benjamin Cann e produzida por José Alberto Castro, da empresa Televisa). A história é caracterizada no trailer da telenovela como “um clássico da literatura popular latino-americana”, pois já povoa o imaginário, não somente mexicano, mas também de outros países para os quais foi exportada, há muitas décadas. Um dos nossos objetivos é abordar o tema da telenovela mexicana, que geralmente é um objeto estudado pela área de comunicação, a partir do ponto de vista dos estudos literários, focalizando as diversas formas de intercâmbio entre a indústria cultural, a literatura e o imaginário social. Para tanto, estudamos teoricamente o melodrama, a telenovela e os gêneros apontados como seus antecedentes: o folhetim e o teatro popular. Além disso, comparamos os três relatos de Rubí, observando as modificações e manutenções de características do melodrama. A análise da personagem principal também é essencial, já que Rubí se mostra como uma protagonista que quebra paradigmas pré-estabelecidos nas telenovelas mexicanas, não sendo a típica mocinha e nem a típica vilã, mas sim uma personagem com diferentes matizes, que por vezes se aproxima de uma femme fatale e por outras mantém valores morais comuns nos melodramas. Para apoiar nossa análise, nos baseamos em obras de autores como Barbero (1991), Bornay (1995), Campedelli (1987), Oroz (1992), Sarlo (1995) e Thomasseau (2005).

PALAVRAS-CHAVE: Telenovela mexicana, melodrama, imagem feminina, Rubí.


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