A IMAGEM DO SELVAGEM: UMA DISCUSSÃO ACERCA DAS CATEGORIAS DE HUMANIZAÇÃO E ANIMALIZAÇÃO EM “MEU TIO, O IAUARETÊ”, DE GUIMARÃES ROSA, E O CORAÇÃO DAS TREVAS, DE JOSEPH CONRAD.

Mayara Simonassi Farias de Mendonça

Resumo


Uma das características que garante destaque ao romance O coração das trevas, de Joseph Conrad, e que será decisivo na repercussão de sua história é a maneira como constrói imagens. Conrad constrói uma imagem da África, do projeto colonial e, especialmente, dos povos nativos do Congo, apresentados em condição de selvageria.  Diferentemente do selvagem em Conrad, o personagem de “Meu tio, o Iauaretê”, de Guimarães Rosa, é quem possui a palavra na narrativa e quem apresenta sua história. A partir da leitura dos textos literários, será problematizada a concepção de “humanização” adotada por Antônio Cândido em “Estímulos da criação literária” (1965), “A literatura e a formação do homem” (1972) e “O direito a literatura” (1988), além do trabalho etnográfico sobre a sociedade caipira Os Parceiros do Rio Bonito (1964). A discussão acerca das categorias de civilização e barbárie, humanização e animalização, será norteada pelos pressupostos teóricos de Antônio Cândido e do diálogo com outros autores.


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